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Depois de Elgar: concerto para piano para a mão esquerda, de Ravel. E agora, que esse concerto terminou, espero por La Mer, de Debussy. Cheguei mais cedo à música clássica do que ao jazz, embora seja agora este aquele que ocupa mais o meu tempo. A pop actual, quanto a mim, esgotou-se, embora ouça com agrado os The National, ou The XX (apesar do último álbum estar muitos furos abaixo dos dois primeiros), ou Radiohead (quanto a mim sempre novos). E há ainda o chamado pós-rock dos Mogwai e dos Godspeed You! Black Emperor.
     Mas o que eu não suporto mesmo é a chamada nova música portuguesa. Sim. Tenho aquilo que, às vezes, chamamos “ódios de estimação” (embora os meus sejam sem aspas). Alguns exemplos: Capitão Fausto, B-Fachada, Samuel Úria, Manuel Fúria, João Só, Benjamim, Capicua, entre outros. Considero-os francamente maus, apesar das “críticas” positivas (que mais parecem encomendas para pagar favores a amigos). Já para não falar do catálogo da famigerada FlorCaveira (ou do seu editor-pastor-pregador, defensor de George W. Bush). Irrita-me, solenemente, o pseudo-revivalismo bacoco, ou o “ai que somos todos tão cristãos, mas ainda conseguimos ser punque-roqueres”. O delicodoce enjoativo pra caraças.

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