(...)


A cabeça parece que vai rebentar. O segundo café não ajudou. A cidade cumprimentou-te com a sua habitual indiferença, algo que te é indiferente. O pára-arranca do trânsito não foi tão intenso desta vez. Ouviste as notícias na rádio. Nada de novo. O anticiclone dos Açores insiste em permanecer no lugar que lhe pertence no Verão. Chegas à escola. A dor de cabeça ainda não passou. Não te atreves a beber um terceiro café. Respiras fundo. Hoje, ensinas a classe do verbo.

Sem comentários: