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Hoje, na sala de professores, um colega veio ter comigo:
— Eh pá... (aperto de mão) tu que és revolucionário... sabes arrombar portas?

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Os poemas que me atrevo a escrever (sim: é uma questão de atrevimento) não poderiam estar mais longe de Luiza Neto Jorge e de António Franco Alexandre. Contudo, é a eles que mais vezes regresso, numa espécie de peregrina procura de um silêncio que há muito quero, e desejo, para mim.

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Enquanto leio Thomas Bernhard (Derrubar Árvores – uma irritação), penso que fazem falta autores como ele. Ter mau-fígado é uma grande vantagem.

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