Um poema de Miguel Alexandre Marquez


as velhas temem a deus
peito de fora o glabro
ventre à provecta luz
do dia amam de leite
odeiam de vinho os
filhos das outras à
noite recolhem em
flor mirrados botões
as tetas pra dentro
nos baús inchados
com idosos globos
de naftalina.

em Coda, com desenhos de Bruno Dias Vieira, Lisboa: Língua Morta, 2016, p. 35.

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