Ainda hoje, Bowie, ao falar da tua morte na sala dos professores, ouvi a alguém — a homossexualidade faz-me
confusão… bem… ainda não sei se me faz confusão… ou se não aceito — e remeti-me
imediatamente ao silêncio, pois pareceu-me que alguém tem muitas coisas por
resolver. Tudo isto a propósito da tua morte. Melhor: da tua vida, da hipótese de seres ou não homossexual, bissexual, ou heterossexual. A verdade é que a Morte
que te levou não escolhe género, orientação sexual. Aparece sem perguntar. Mina
uma pessoa por dentro. As notícias dizem que resististe dezoito meses. Admiro-te
a coragem.
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