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Hoje Raoul Vaneigem relembrou-me que também eu, tal como Breton, andei um dia a oferecer flores (rosas) às raparigas com quem me cruzava. Nunca faltavam rosas ali no quintal. E eu sempre considerei que seria um desperdício elas secarem sem terem cumprido uma função mais alta. Assim, todas as noites colhia umas quantas e dava delas a quem encontrava. Fi-lo durante uma semana. Quase todas as raparigas tinham namorado. Algumas eram já casadas. Ofereci a todas. Sem excepção. Fui olhado com desconfiança por todos. Sem excepção. Foi uma semana boa.

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