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A principal armadilha do livro é a capacidade de identificação do leitor com o narrador (seja o leitor homem ou mulher), pois na nossa vida há momentos idênticos àqueles que o narrador descreve, desde as angústias existenciais até às conversas pedantes com os amigos, onde nos revelamos ser uns intelectuais do caraças. Depois de ter lido o primeiro volume (A Minha Luta 1: A Morte do Pai), fiquei expectante em relação a este Um Homem Apaixonado, pois dependeria dele a compra do terceiro volume. O autor, neste volume, como que se liberta de todos os constrangimentos (ou assim parece): falar do pai parece ter sido mais difícil do que falar da mulher, dos filhos, e isso nota-se na tentativa de fazer literatura (no primeiro volume) e dessa tentativa (parece-me) ter sida colocada de lado neste segundo volume. Venha o terceiro.

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