50 livros + 44



Regresso por uns dias a Manteigas. Bashô foi, durante muito tempo, o meu poeta de cabeceira. Ele e os outros mestres japoneses. A contenção, a surpresa, a limpidez: tudo características que aprecio na poesia de Bashô (ou noutro qualquer autor). Os primeiros poemas que lhe li foram na colecção Gato Maltês. Depois, mais tarde, comprei este O Gosto do Orvalho seguido de O Caminho Estreito, com versões e introdução de Jorge Sousa Braga. O Caminho Estreito é um livro fantástico, de uma simplicidade zen assutadora, onde o pouco se converte em muito. Bashô tem essa capacidade: dizer tudo em três versos; dizer tudo em duas ou três linhas.

Sem comentários: