Não chores, pois ainda tens
o vento e a distância.
O amor é o vento. Sem solução,
o abismo surge no teu olhar.
É certo que me turvas a garganta
com o teu pranto e a tua mão distante.
Não chores ainda: do ar bebes
o aroma da tristeza nas minha mãos.
Antonio Gamoneda, poema sem título retirado de Primeros Poemas - La tierra y los labios (1947-1953), inserido em Edad (Poesia 1947-1986), edição de Miguel Casado, Madrid: Catedra, 6ª edição revista, 2006, p. 78.
Sem comentários:
Enviar um comentário