Naufrágios: apontamentos sobre Thomas Bernhard (3)


A doença foi outra obsessão. Não o podemos censurar. Muito cedo sofreu de uma doença pulmonar que o acompanhou toda a vida e que, por fim, o conduziu à morte. Desde cedo conheceu hospitais, o branco das paredes, o cheiro a Morte pairando pelos corredores, o corpo e a sua degeneração. O espectro da Morte condicionou-lhe a Vida, obrigou-o a “refugiar-se” no campo, quando era a cidade que o chamava. O eu via-se, dessa maneira, dividido, condicionado. Anulado.

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