Michaux


Já aqui o disse: a leitura de Michaux depois dos trinta marcou-me mais do que a leitura de Rimbaud aos dezoito. Quem nunca leu este autor belga devia, desde já, procurá-lo por aí. Equador é um daqueles livros que deixam qualquer um banzado. A mim, pelo menos, deixou. E nem quero aqui pensar nesse livro fantástico que é As Minhas Propriedades: «É raro encontrar alguém sem que eu lhes bata. Há quem prefira o monólogo interior. Eu não. Gosto mais de bater.». Michaux é um poeta que nos obriga a viajar. As suas viagens – principalmente as interiores – lutam contra a sombra; procuram o assombro.

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