Domingo
Pouco mais do que este pequeno esforço para viver,
para respirar como respiram
aqueles outros casais além ao longe, escondidos
debaixo dos pinheiros em cascata,
e que parecem manchar o ar
tão sossegados como o fumo da cidade, ao fundo,
enquanto passam queixando-se
estrada abaixo os rápidos autocarros.
Jaime Gil de Biedma, «Domingo», em Las personas del verbo, Barcelona: Seix Barral, 12ª edição, 2009, p. 51.
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