Fomos até ao rio. Desta vez o tempo ajudou. Ontem também tinha. Mais gente, desta vez. Mesmo assim deu para acabar de ler o ensaio de Pinson. Resolver uns poemas que andavam entalados há já algum tempo. Tirar umas fotografias com uma Lomo recentemente adquirida. A experiência Lomo tem sido divertida, apesar de já não estar habituado a esperar tanto pela revelação. O digital deu-nos o automático-instantâneo-imediato. A paciência adaptou-se a esse automático-instantâneo-imediato. Pelo menos a minha paciência. Começo a perder o uso do "nós" nos textos que escrevo. Há pessoas que se melindram com o uso do "nós". Na realidade, só a primeira pessoa do singular é a menos abstracta delas todas. E mesmo o "eu", desde Rimbaud, deixou de ser o que era.
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