Um poema de José António Almeida
APOLLO
Contemplo teu rosto
como um astronauta
que pisou a lua
e por uma noite
de Agosto, sentado
no umbral da casa
(trinta anos depois
dos únicos, poucos,
verdadeiros dias
da vida que teve)
levanta a cabeça
para olhar o céu
e pensa consigo:
Oh, eu estive lá.
em A Mãe de Todas as Histórias, Lisboa: Averno, 019, 2008, p. 49
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