À Beira Tempo
é um templo visto em vidro
no vivo crepitante das lunetas
estufa lhe chamam, de sol
e cidra
azedo de ferrugens e promessas.
Se templo é
e fosco de desesperar
a babugem do mar já o lavou
e o que ficou, no tampo do altar,
dá pouco para rezar.
A cerveja, meus senhores, acabou.
em Dos Templos, Lisboa: & etc, colecção Subterrâneo Três, contém desenhos de Moniz Pereira expressamente feitos para a edição, 1984, p. 11.
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