É noite – como poderão observar se olharem pela janela – e não sei o que faço aqui. Hoje o dia até que nem correu mal – claro que podia ter corrido pior, bastava que a camisa não ficasse bem com as calças e alguém na rua fizesse um comentário menos próprio –, apesar de estar relativamente quente para um dia de setembro. Não sei se aquilo que digo, escrevo, faz muito sentido. Às vezes é preciso não fazer sentido. Às vezes isso é mais importante do que fazer sentido. Fazer sentido é demasiado fácil. Não fazer sentido requer engenho. Daí ser tão difícil. Poucos são aqueles que conseguem não fazer realmente sentido nenhum. Eu bem que tento – será que tento? que me esforço o suficiente? – mas não sei. Não sei.
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