meia-noite todo o dia
Um poema de Renata Correia Botelho
o gato espia do telhado
a vida a partir
em cada comboio que passa,
o tempo que se arrasta
na dor metálica dos carris.
é feriado nas mãos,
trago uma canção triste
e o teu rosto no bolso.
em
Um Circo no Nevoeiro
, Lisboa: Averno, 2009, p. 34.
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