Um poema de Joaquim Castro Caldas


um âmago

no vulcão dos sentidos
a vida não é bem assim
não há príncipio ou fim
só começa quando pegas
só acaba quando largas
não deixas nada ao mundo
nem coisa alguma levas
transformam-te energias
recebes e aprendes mais
do que pensas e ensinas

em Mágoa das Pedras, Porto: Deriva, 1ª edição, 2008, p. 38.

1 comentário:

Anónimo disse...

Bom dia!

Ainda tenho os Berlindes e Abafadores, o primeiro livro do joaquim, os outros foram voando para as mãos de outras pessoas assim como a arca de livros de poesia, a maior parte meus que ai residiam até alguém se interessar pela sua leitura.
Conheci o joaquim quando veio para o Porto, este livro não o conheço e fiquei grata pelo poema.
Assim como estou grata ao joaquim que Que ainda não deixei de chorar. Ele há pessoas de quem nos lembramos todos os dias e não só " quando "fqz anos que morremos e no dia do nosso aniversário". O joaquim e o meu pai que partiu deste mundo uma semana depois ensinaram-me a dizer poesia.O joaquim foi meu namorado amigo e irmão desde a sua vinda para o Porto embora tenhamos estado um pouco um pouco mais afastados desde que casei em 1993. Foi ao meu casamento e conheceu a minha primeira filha. A última vez que o vi foi no lançamento do penúltimo livro quando tinha 51 anos.Perdi um irmão e um amigo foi-se também um grande poeta que vejo agora como está a ser reconhecido.Fico feliz por isso.

Helena Guerra