Exile


Quando no ano passado dava aulas em São Teotónio, muitas vezes passei por Sines a caminho de mais um fim-de-semana ou de mais uma semana de trabalho. Nunca gostei muito de Sines, nem mesmo sabendo que lá viveu Al Berto, pois parece que era lá que por vezes escolhia exilar-se. Eu interrogava-me: como pode alguém exilar-se numa terra tão sem sabor, feia – digo eu? O exílio não deve ser pêra-doce, quanto mais numa terra como Sines. Ao menos que o exílio seja num lugar belo. Ao menos que o exílio seja bom. Mas isso é o meu comodismo a falar.

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