Ponto de ordem


Quase nunca me abstenho. Só não voto.

6 comentários:

Anónimo disse...

Já pensou que entregará a chave ao ladrão?...

Manuel Poppe

rgs disse...

Quem não vota, que legitimidade tem para contestar as medidas tomadas pelo governo, que é precisamente, eleito democraticamente através do voto?

Discordante de rgs disse...

Tem a legitimidade de expressão e de informação que lhe está consagrada na Constituição e na lei geral. Dizer que quem não vota não pode ter opinião sobre a actuação de quem foi eleito é de um autoritarismo atroz.

rgs disse...

Para que o discordante de rgs melhor possa compreender o meu comentário, quero corrigir o mesmo, acrescentando a seguir à palavra legitimidade, a palavra moral.

manuel a. domingos disse...

caro Manuel Poppe:

é para mim difícil defender a minha posição, principalmente quando tenho do outro lado alguém que viveu durante a ditadura e a combateu.

assim, e respondendo à sua pergunta: penso que os ladrões já têm a chave desde o 25 de abril de 1974. não vejo nenhuma alternativa à actual ladroagem que existe desde o 25 de abril de 1974. nem à esquerda nem à direita temos alguém que se aproveite. e é esta a minha posição. por isso não voto.

caro rgs:

a questão da moral é sempre interessante e pertinente. mas, e seguindo o teu raciocínio, eu não poderia criticar o quer que fosse. exemplo: como posso criticar ou defender as decisões do presidente dos EUA se não votei nele ou contra ele? não tenho, por isso, moral?

quanto a mim a moral, esse conceito tão subjectivo, não me é dada pelo simples facto de exercer o direito (e repara que não digo dever, pois acredito que o 25 de abril deu-me, também, o direito de não votar) de votar ou não votar.

fallorca disse...

«Penso que os ladrões já têm a chave desde o 25 de abril de 1974. não vejo nenhuma alternativa à actual ladroagem que existe desde o 25 de abril de 1974. nem à esquerda nem à direita temos alguém que se aproveite. e é esta a minha posição. por isso não voto.» Subscrevo, com a ressalva de que NÃO voto para não legitimar o poder.