Paulo da Costa Domingos


«Não esqueço.
Aqueles a quem roubaram o sorriso. Portugal é isto: uma fila de velhos muito pobres, verdade e fingimento, à porta de um dispensário, num coro constante de tosses; também ramela. Queixumes e câmbios de mazelas e, no fundo, ninguém quer que lhe tirem as doenças. Nada mais possuem. Depois como era!!?... E há os intelectuais: os intelectuais têm muita graça.»

Paulo da Costa Domingos, Narrativa, Lisboa: frenesi, 2009, p. 12.

4 comentários:

margarete disse...

vale a pena, portanto (?) pergunta parva, eu sei
vim aqui ter ao pesquisar o livro para mandar vir :)

PCD disse...

Vale a pena o quê?... Viver em Portugal?... Ler o livro?... Ou somente falar sem dizer nada?

manuel a. domingos disse...

Caro PCD:

"vale a pena" o livro. e vale muito a pena. e ela comprou.

margarete disse...

falar sem dizer nada, vale a pena

não se pode dizer que as duas experiências de contacto directo que tive consigo, PCD, tenham sido muito felizes no que concerne a gentileza, antes foram ambos de instantâneo julgamento

felizes eram os dias em que os autores eram para nós coisas inacessíveis