Obviamente, não votei


Um dia vi um documentário sobre António Gedeão em que ele diz que nunca tinha votado na vida dele. Como sou um gajo influenciável – sempre fui (acho que dá para ver) – deixei de votar. Não me interessa votar. É só ver a televisão e os tempos de antena. Mas acham mesmo que há alguém em quem vale a pena votar? Se é para votar de cruz – isto é: votar só por votar, porque é um dever cívico ou porque o vizinho disse que temos que mostrar o nosso descontentamento ou porque todos os outros são melhores do que aqueles que lá estão (e daqui a quatro anos estamos a dizer o mesmo sobre aqueles em quem votamos) –, não obrigado. Votar em consciência? Ok. Eu prefiro usar a minha consciência. Ela diz-me para não votar. Fico tranquilo.

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