Duas pequenas notas e não volto mais a estes assuntos (11)


1. Ciência política não é o meu forte. Mas também não precisa de o ser para verificar que o PS deu um tiro no pé com a candidatura de Elisa Ferreira ao Parlamento Europeu e à Câmara Municipal do Porto (claro que o tiro no pé é maior no segundo caso). Rui Rio soube logo aproveitar a deixa: o seu slogan é prova disso. O caso de Elisa Ferreira é um bom exemplo do tipo de política que se faz neste país: uma política que coloca em primeiro lugar os interesses pessoais ao interesse geral. Se Elisa Ferreira estivesse sinceramente empenhada na sua candidatura à Câmara Municipal do Porto, nunca se candidataria ao Parlamento Europeu, nomeadamente numa posição que lhe garante a eleição. O mesmo acontece com Ana Gomes. Que conclusões podemos tirar disto tudo? Penso que só uma: a política em Portugal nunca foi feita a pensar no bem comum, mas sim no bem pessoal. Mais provas para quê?

2. O noticiário das 22h, na RTP2, tem dado voz aos cabeças de lista dos vários partidos que se candidatam ao Parlamento Europeu. Apreciei bastante as intervenções dos cabeças de lista do PCTP-MRPP e do POUS. O primeiro referiu-se sempre à Rússia como União Soviética e defendeu as 30 horas de trabalho semanal. O segundo (que neste caso é uma segunda) disse que o principal objectivo da sua candidatura é desmembrar a União Europeia caso seja eleita. Mas este senhor e esta senhora vivem em que século?

3 comentários:

AM disse...

E o meu amigo não vive no Porto, com estes comentário estapafurdios!

António disse...

eu não acho que o Manel tenha uma opinião estapafurdia. Talvez o AM seja daqueles que tem saudades das negociatas do Fernando Gomes e Engº Cardoso. Enfim, não se pode ter uma opinião livre e descomprometida que há logo pessoas que vêm logo defender o seu "tacho".

A. Pedro Ribeiro disse...

eu voto MRPP, mesmo sabendo que eles não têm hipótese nenhuma e apesar de algum marxismo primário.