Sempre que venho a Manteigas é a mesma rotina: o café de sempre para dois dedos de conversa, a volta à vila para ver o que mudou, ir comprar o jornal de sábado ao lugar do costume. O dia de hoje não fugiu a esta regra, só que no café não havia ninguém para dois dedos de conversa, nada de significativo mudou – excepto duas mortes, que começa a ser habitual –, e o jornal chegou a horas. Mas durante todo o dia ouviu-se música sacra pela vila. Razão? Não sei. Só sei que foi muito bom andar pelas ruas, cada vez mais desertas, ao som da música. E havia algo parecido com algodão pelo ar. Durante alguns momentos parecia que estava num filme de Terrence Mallick.
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