Nós, as crianças
Trocamos as cores,
desconhecemos onde acaba a mão direita
e recomeça a esquerda.
Inventamos novas palavras sem saber
que desde sempre havia mundo para elas.
Ou roubamos as sílabas.
Mas somos ainda menos do que crianças,
muito menos do que aquelas crianças
que levam tudo à boca.
em Novas Razões, Lisboa: Gótica, 2002.
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