O post Revolução indignou algumas pessoas. Mas vamos tentar ser honestos. Em primeiro lugar: não se deve levar tanto a peito o uso do verbo na primeira pessoa do plural. Em segundo lugar: na realidade o que é que nós fazemos, realmente, para mudar a situação? Escrevemos uns poemas muito irados que os nossos amigos muito elogiam e todos aplaudem. Escrevemos uns posts muito indignados, criticando o estado do Estado e o estado a que isto chegou. Fazemos séries de posts onde mostramos a nossa indignação (e aqui estou a incluir-me a mim, caso ainda não tenham reaparado). Mas quando chega a hora o que é que fazemos? O que é que fazemos de verdade? Prefirimos comentar os poemas e os posts a levantar o cu e ir para a rua gritar. Pois tudo se resume a isso: levantar o cu e ir para a rua gritar. Será assim tão difícil? Será assim tão complicado? Levantar o cu e ir para a rua gritar. Só precisamos de fazer isso. Mas, fazemos isso? Na realidade fazemos isso? 'Tá quieto, ó meu! Já participei em algumas manifestações e, para ser honesto (pois é disso que se trata), foram sempre manisfestações movidas por interesses corporativos. Talvez tenha estado nas manifestações erradas. Não digo que não. O que disse no post em questão continuo a dizê-lo hoje. Podem chamar-me de cretido, palerma, cabeça dura. Mas antes de o fazer no conforto do sofá de casa, pensem que podiam estar a fazê-lo lá fora, na rua.
3 comentários:
Eu gostei.
tem a sua verdade.
Pois, estou de acordo.
Falamos, escrevemos, gritamos, no grupo de amigos, no blog,na nossa salita de estar.
Vir para a Rua e Contestar, não é para todos, e hoje faze-lo fora do corporativismo, corremos o risco de ir parar à Av. do Brasil.
Gosto do blog.
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