Da poesia (17)


Deixemos de lado as estéticas e os manifestos. Falemos antes das possíveis consequências das várias poéticas. Digo possíveis pelo simples facto de acreditar que as actuais poéticas são inconsequentes. Reparem que não digo que a poesia é inconsequente. Digo que são as poéticas. Não? Então quais são as consequências? Tirando uma ou outra escaramuça "literária", as actuais poéticas não produziram verdadeiras consequências. Muito pelo contrário. As escaramuças apenas foram tentativas de legitimar cada uma das partes, isto é, torná-las consequentes. Contudo, não foi esse o resultado, pois as próprias escaramuças foram inconsequentes. Não levaram a lado nenhum.

1 comentário:

abc disse...

Não sei se são no fim as poéticas que ficam, se são as poesias, se fica enfim alguma coisa, porque acaba-se sempre por voltar a fazer a mesma coisa uma e outra vez, i.e., poéticas e poesias, parecendo tudo absurdo.
Chega um dia em que nos perguntamos pelo fim disto; e descobrimos que quando o fazemos já perdemos o lugar por outros que chegaram depois, como chegáramos nós suplentes.
Não sei, fd-s, crlh, ad rem!