Uma boa notícia, no meio de tantas menos boas, é o facto de a Quetzal apostar na publicação da Obra Completa de Vergílio Ferreira. Já vi exemplares de Manhã Submersa e Para Sempre. O grafismo é muito bom: semelhante ao grafismo da Bertrand – que aprecio bastante. Vergílio Ferreira é um autor muito esquecido, apesar de Aparição. Talvez o facto de não ter feito muitos amigos entre os neo-realistas, ter sido uma voz muito crítica em relação ao PREC (é só ler as entradas de Conta-Corrente referentes aos anos de 1974-75: numa delas Vergílio Ferreira diz que a sigla PREC se assemelha ao som de um traque), sejam a resposta. É claro que o seu radical individualismo também não ajudou muito. E estas coisas, num país como o nosso, pagam-se caro.
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