1. As questões em torno da tradução nunca foram pacíficas, nomeadamente num país como o nosso onde sempre faltaram tradutores “de raiz”. Quando me refiro a tradutores “de raiz”, refiro-me a todos aqueles que têm formação na área da tradução, que traduzem a partir da língua original e não de traduções feitas noutras línguas (um bom exemplo é aquele que diz respeito aos clássicos russos, que foram traduzidos, até há pouco tempo, de outras línguas que não a russa). E, a bem da verdade, algumas traduções nunca primaram pela qualidade, apesar de cumprir o objectivo da divulgação – vejam-se, a título de exemplo, alguns dos poemas traduzidos por Jorge de Sena (eu sei que isto custa a engolir). Isto tudo para falar da questão que André Moura e Cunha aqui levantou. De facto, não se entende a opção de certas editoras em publicar obras que já se encontram publicas noutras editoras, mesmo que isso promova o diálogo e a discussão séria em torno da questão da tradução. E não se entende tal opção quando ainda estão por traduzir muitos e bons autores – e todos nós somos capaz de enumerar alguns.
2. As gralhas são algo que atormenta qualquer autor. Todos nós sabemos que um livro sem gralhas é como um jardim sem flores. No entanto, o perfume de “flores” em exagero é prejudicial, pois incomoda e pode ser fatal para quem, como eu, sofre de alergias. O exemplo que José Mário Silva dá é, no mínimo, caricato (e lamentável). Mas não é um caso isolado. E é pena.
2. As gralhas são algo que atormenta qualquer autor. Todos nós sabemos que um livro sem gralhas é como um jardim sem flores. No entanto, o perfume de “flores” em exagero é prejudicial, pois incomoda e pode ser fatal para quem, como eu, sofre de alergias. O exemplo que José Mário Silva dá é, no mínimo, caricato (e lamentável). Mas não é um caso isolado. E é pena.
Sem comentários:
Enviar um comentário