Cascais



Todos os anos, por esta altura, tenho que apresentar na escola onde fico colocado uma série de documentos obrigatórios: certificado de habilitações (não se entende tal coisa, pois se estou colocado numa escola é pelo simples facto de todos os dados por mim fornecidos terem já sido validados por uma escola, e isto inclui o certificado de habilitações), atestado médico comprovando a minha robustez física e psíquica (este ano foi mais difícil convencer o médico em relação a esta última, e a minha sorte é que ele não lê aqui o pasquim) e um Certificado de Registo Criminal (algo que deixo de apresentar assim que entre para o quadro). Assim sendo, e a pretexto de ir levantar um Certificado de Registo Criminal, dirigi-me ao Posto de Atendimento ao Cidadão, instalado na Câmara Municipal de Cascais. Cascais é uma terra bonita, que já conhecia do tempo em que estive colocado em Caxias. É claro que nunca frequentei o Albatroz e ainda não fui comer um gelado ao Santini. Mas hoje entrei na Galileu. Primeira impressão: desilusão. Sinceramente estava à espera de mais (e não me refiro a encontrar Herberto Helder ou António Lobo Antunes). O atendimento foi igual àquele que encontro numa Bertrand ou Fnac. E embora procurasse um livro específico (A Noite e o Riso, de Nuno Bragança), pouco ou nada foi feito para ajudar-me a encontrá-lo (uma senhora ainda desceu à cave, mas foi tão rápida que duvido que tenha procurado alguma coisa). É claro que estava um dia lindo, com um sol fantástico. Por isso decidi ir até à praia ver os corpos que por lá douravam ao sol. Ao menos essa, a praia, não me desiludiu.

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