Tal como outros, também gostaria de pensar o meu país. Mas pensá-lo à minha maneira, evitando a fórmula de estar sempre a dizer mal, embora concorde que essa fórmula seja necessária, pois só assim conseguiremos vislumbrar qualquer coisa de positivo no meio disto tudo. São necessários Velhos do Restelo para que a coisa ande. Se não existissem, cairíamos no marasmo. O que seria de nós sem o pessimismo crónico de Vasco Pulido Valente? Provavelmente estaríamos pior do que estamos hoje. E reparem que não estou a defendê-los (refiro-me aos Velhos do Restelo). Apenas digo que eles são necessários à dinâmica da coisa (embora não saiba lá muito bem o que isso quer dizer). Para mim, um Velho do Restelo é uma espécie de mãe que nos avisa, vezes sem conta, para nos agasalharmos melhor pois vamos, de certeza, ficar constipados. Nós discordámos e saímos à rua. É claro que, na maior parte das vezes, não nos constipamos. Mas vai haver uma vez que apanhamos uma constipação terrível. E vamos ouvir a mãe dizer eu avisei mas tu nunca dás ouvidos.
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