Lí por aí


A continuar a brincar com o fogo e com lideranças europeias abaixo de cão, o aliciamento da Finlândia para pôr fim à neutralidade — que bem lhe serviu durante a Guerra Fria —, até parece uma jogada de mestre dos falcões do Pentágono, que em algumas daquelas cabeças belicosas parecem convencidos de estar ao abrigo do arsenal nuclear russo.

A jogada pode ter esta configuração: a Rússia leva a ameaça a sério — como levou a da Ucrânia (só os indigentes e os vigaristas é que se atrevem a aduzir o argumento de que a Rússia atacou a Ucrânia sem motivo) — e levando-a a sério, ataca a Finlândia. Como esta ainda não é um país Nato, a organização está dispensada de responder. No entanto, é um país da União Europeia, e não se vê como os estados da UE poderão deixar passar esse ataque. Não parece que possam. E assim estala uma guerra na Europa, com os americanos a ver.

Eu, no entanto duvido de que tudo se fique pelo Velho Continente, embora no Pentágono e na administração do outro senil haja quem possa achar que é um risco calculado.

Ricardo António Alves


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