(...)


No outro dia um aluno disse-me — o s'tôr é um merdas — e não hesitou um segundo. Disse-o com à-vontade, sem pensar nas consequências. Fiquei em silêncio a olhar para ele. Depois dei-lhe ordem de saída da sala de aula. Recusou-se. Levantei-me e abri-lhe a porta. Continuou sentado. Repetiu — o s'tôr é um merdas — e disse-o, agora, olhos nos olhos. Eu: permaneci em pé, a segurar a porta. Levantou-se, deu um forte pontapé na cadeira e na secretária. Saiu. E eu tentei continuar a aula.

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