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Na televisão, em directo, o concerto para violoncelo e orquestra de Elgar. O gato dorme e eu escrevo estas linhas. Há o tique-taque dum relógio, o crepitar da madeira no fogão. Tenho uma manta a cobrir-me as pernas e quarenta anos de frio nelas. Quarenta anos. Até parece que sou velho, para assim falar. Mas a verdade é que são mais as vezes em que me sinto velho aos quarenta, do que novo aos quarenta.

1 comentário:

Andy disse...

Sinto a mesma sensação com o tique-taque do tempo que não pára de envelhecer mesmo sem se ser velho mas apesar de tudo sentindo-se tantas vezes...

Gosto de passar por aqui por volta da meia-noite :-)