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Faço uma pausa na leitura de Páginas IV de Rúben A. (a introdução de Isabel da Nóbrega é muito boa) e bebo uma Bohemia Puro Malte. Tiro a respectiva fotografia e coloco no Facebook. Ainda me lembro do tempo em que nada disto acontecia. Durante quanto mais tempo irei lembrar?

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Uma rapariga sentada aqui na mesa ao lado lê Murakami. Foi autor que nunca explorei devido, em grande parte, ao hype que à sua volta se criou. Do Japão apenas conheço relativamente bem a obra de Basho e Mishima. E para quê ler Murakami se ainda não li, por exemplo, Proust ou Shaw ou Musil ou toda a obra de Hamsun ou Bernhard ou Céline? No entanto, não deixa de ser assinalável o facto de estar uma rapariga a ler numa esplanada em Manteigas. Não é comum. Aposto que não é de cá.

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Há uma leve brisa que refresca o ar. A sombra das árvores é fresca e o vento entre os ramos: relaxante. Pena Bon Jovi nas colunas da aparelhagem.

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