Paulo da Costa Domingos


e nós, tempo há-de haver
de ter cara para aparecer
a quem passa e dizer-lhes na cara:
depressa, «fazei todo o mal que

puderdes». E dos ossos fazei
pentes, e da pele tambores,
e do nervo corda para forcas;
tempo há-de, sem amores, de haver

coragem.


em Cal, prefácio de Vitor Silva Tavares, Lisboa: Averno, 2015, p. 35.

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