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Acordas à mesma hora de sempre. A rotina engatilhada. Nada de novo, portanto. Quando sais do bloco de apartamentos ninguém te segue. Poucos são aqueles que, aqui, se levantam tão cedo como tu. Chegas ao café e as mesmas caras de sempre. Reparas, hoje, que vão chegando pela mesma ordem de todos os dias: primeiro o mecânico, depois a executiva, a seguir o reformado. O mecânico pede apenas um café. A executiva um chá preto e torrada. O reformado uma meia-de-leite e torrada. Cada um ocupa a mesma mesa de sempre. Tal como tu.

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