Livros (107)



Tendo em conta que foi o primeiro livro que comprei do autor, é natural que aqui fale dele. Cheguei à poesia de Manuel de Freitas através da polémica originada pelo livro Poetas Sem Qualidades. Aqueles que procuraram satanizar a referida antologia, saiu-lhes o tiro pela culatra. A crítica que mais ouço à poesia de Manuel de Freitas é aquela que envolve, na mesma frase, as palavras "charros", "cerveja" e "tascas". Ora, quanto a mim, ler a poesia de Freitas e pensar que ela só fala de tascas, cerveja e charros, é optar por um atalho fácil e que só revela, quanto a mim, a superficialidade da leitura feita. As tascas, vendo bem, são apenas lugares de morte. Arriscaria dizer que são não-lugares (Marc Augé). E isso faz toda a diferença.

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