Livros (106)



Conclusão: precisamos de cinismo. À grega. Isto é: kinismo. Resumindo: mais Diógenes e menos Foucault. Sinceramente, a leitura deste livro foi-me penosa, quer pelo esforço que foi necessário para o terminar (são mais de quinhentas páginas), quer pela crítica que faz à modernidade e ao cinismo moderno (durante muito tempo julguei-me seu devedor, quando afinal era seu escravo). O livro provocou em mim uma mudança (e não é isso bom? a ver vamos): passei a ser praticante do kinismo. Nem sempre é fácil. E as pessoas talvez não reajam muito bem, pois começam a olhar para nós de lado. A saber: «O núcleo do kinismo é uma filosofia crítica e irónica das pretensas necessidades, uma radiografia da sua desmesurada e do seu absurdo de princípio.» (p. 255). E é isto.

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