Reverso (10)



Este é, quanto a mim, um daqueles casos em que a versão suplanta o original. Quando os Red House Painters (no seu álbum Songs for a Blue Guitar, já no rescaldo da dissolução imposta por Mark Kozelek) gravaram Silly Love Songs, é todo o pathos da banda de São Francisco que ali se encontra, longe daquela espécie de festividade dos Wings. Há o lento e progressivo dizer de uma perda, ou, então, o lento e progressivo dizer da impossibilidade de dizer a perda. Já com I Am a Rock (original de Paul Simon) os Red House Painters tinham demonstrado a sua capacidade para produzir e executar grandes versões. Silly Love Songs é o culminar desse exercício. 

Sem comentários: