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Quando entramos na literatura nórdica, há uma porta que se nos abre, e não me refiro à porta dos nomes quase impossíveis de pronunciar. É outra a porta. Ao entrar deparamos com um mundo que, apesar de diferente do nosso, não é assim tão diferente do nosso. As paisagens são, talvez, mais frias. Os personagens serão, talvez, mais cerebrais e frios também. No entanto, é a vida de todos os dias que podemos encontrar neste livro de contos. As ansiedades são universais, bem como os medos e as certezas. Kjell Askildsen escreve de maneira limpa, sem grandes artefactos. Muitos críticos apelidam-no de "Raymond Carver da Europa". Não gosto deste tipo de atalhos para explicar a escrita de um autor, ou a música de alguém.

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