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Por onde começar? Apenas dizer o óbvio: é um livro muito bom. Deixou-me completamente banzado. William Gaddis foi uma surpresa para mim. Não posso deixar de ficar surpreendido ao ler um livro como Ágape, Agonia. Parece que a descoberta e a leitura de Thomas Bernhard o ajudou a resolver a escrita do livro. A influência está lá. Só que em Bernhard os longos períodos são mais harmoniosos, tonais, como numa partitura barroca. Em Gaddis eles aproximam-se mais da torrente que é o discurso oral (parece que era a sua especialidade), existe uma espécie de atonalidade, que aproximam Gaddis mais de Schönberg do que de Bach. E isso não é defeito nenhum, para quem, como eu, gosta da música destes dois compositores.

1 comentário:

bea disse...

Gostei da comparação musical