(...)


Ontem, à noite, comecei a leitura de Como um hiato na respiração – diário do dia seguinte, de João Barrento. Li, sem pausas, 116 das suas 173 páginas. É um livre forte e corajoso. Um diário onde a morte e a morte livre são temas, ou tema. Um diário que é ensaio, ou será um ensaio que é diário? Hoje termino a leitura, de certeza. Mas daquilo que eu quero falar é dos dias que têm passado e que me levam a pensar na vida. A vida tem de ser todos os dias pensada, isto é (que me perdoe Vergílio Ferreira), temos todos os dias de lhe colocar um penso, pensá-la, tais são as camelices e as caneladas e outras coisas que agora será escusado revelar. Pensar a vida. Pensá-la. E, apesar de tudo, seguir em frente.

Sem comentários: