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Acordo tarde. Abro o estore e as janelas da marquise. Do outro lado da rua há escuteiros a vender calendários e canetas (é o que me parece daqui). Há, também, uma breve e leve brisa a sacudir os ramos mais altos das árvores da alameda. Nos prédios em frente não se vê ninguém. Nunca lá vi ninguém, nem luz à noite. Olho para tudo isto com o espanto dos dias comuns, iguais a este. Digo de mim para mim: bom dia da (desg)raça.

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