Manoel de Oliveira (1908-2015)



Não sendo eu grande conhecedor da obra de Manoel de Oliveira, devo-lhe, no entanto, duas coisas: Aniki- Bóbó (1942) e Non, ou a Vã Glória de Mandar (1990). O primeiro é, e continuará a ser, um dos filmes da minha vida: em primeiro lugar, porque gosto muito dele (e mais não digo); em segundo lugar, salvou uma aula do meu estágio no primeiro ciclo: era a última aula do período, deveria fazer uma actividade diferente e optei pela visualização do filme, defendendo que iria ser uma boa maneira dos alunos verem as diferenças entre a escola e as vivências de "outrora" e a escola e as vivências do tempo deles ― foi um sucesso. O segundo, pelas gargalhadas que me proporcionou e passo a explicar: o filme foi parcialmente filmado na zona de Manteigas (as cenas entre Romanos e Lusitanos foram quase todas filmadas naquelas bandas) e muitas pessoas que eu conheço pessoalmente participaram no filme como figurantes; as histórias e estórias que têm para contar dos bastidores e das filmagens (quando contadas como deve ser: à mesa de um café e com uma rodada ou duas ou três de cerveja) são de levar às lágrimas. Por isso tudo: obrigado, Mestre.

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