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O natural é fazer o balanço do ano que terminou. Costumava fazê-lo a pedido do Américo Rodrigues, que todos os anos publicava no extinto Café Mondego os vários balanços e balancetes que lhe enviavam. Como o blogue dele acabou, não há ninguém a pedir-me um balanço de 2014. Assim sendo, aqui vai, para memória futura, esta coisa de balançar o ano que termina:

1. Dos 365 dias possíveis de trabalho, trabalhei 70 dias. Sou professor contratado desde o ano lectivo 2001/2002. Foi a primeira vez que trabalhei tão pouco: 45 dias em Arcozelo (Ponte de Lima) e 25 dias em Pardilhó. Os salários que auferi quase não cobriram a despesa que tive com as deslocações (no caso de Arcozelo está incluída a renda de casa);
2. Tive saúde suficiente para trabalhar os 70 dias, excepto, talvez, quando abusei do sarrabulho (o melhor do ano) e do vinho verde tinto (o melhor do ano) que comi e bebi em Ponte de Lima;
3. Gastei mais do que devia em livros de poesia. Li tudo o que comprei;
4. Gastei mais do que devia em CDs. Ouvi tudo o que comprei;
5. Quase todos os planos que fiz em 2013 para 2014 não foram cumpridos, o que nem foi mau de todo, pois entre eles estava incluído viver, apenas, do ar que respiro, e o ar, a bem da verdade, há muito que está um tanto ou quanto irrespirável;
6. Fiz novas amizades e desfiz velhas: muito (até agora) se ganhou e nada se perdeu;
7. Sei que defraudei algumas pessoas. Elas que me perdoem, mas com o tempo uma pessoa habitua-se;
8. Procurei ser o mais honesto comigo e com os outros. É claro que, num país como o nosso, isso nem sempre é um ponto a nosso favor. Mas prefiro manter a espinha direita, apesar da canga que tantas vezes me tentam colocar;
9. Adoptei um gato, ou melhor: um gato adoptou-me (está agora ali a miar, pois ainda não lhe dei colo hoje);
10. Bebi menos do que em 2013 (algum dia tinha de começar), mas comi mais sandes de orelheira fumada na Toca do Gato.

E, basicamente, é isto.

1 comentário:

redonda disse...

Esperemos que 2015 seja melhor para todos.
Um Bom Ano
Gábi