Ruy Belo




Nunca atravessei o rio Eufrates, mas li-o. A poesia de Ruy Belo acompanha-me há muitos anos. Há quem o esqueça porque acreditava em Deus e porque até frequentou aquela organização cujo nome recuso aqui a escrever. Em Portugal parece que os poetas têm de ser ateus e de esquerda, quando o principal, afinal, é terem espinha. E há, por aí, muito verme. Ora Ruy Belo tinha espinha e pagou caro essa sua característica. É só pensar nas várias filhas-da-putice que lhe fizeram. Joaquim Manuel Magalhães resumiu bem toda a situação: Tudo aquilo que não aconteceu a Ruy Belo mostra os mecanismos da merda em que nos fazem chafurdar. Mas a poesia dele ainda anda por aí. Espera ser lida. Leiam.

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