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Carrego as palavras de excrementos://vomito no interior de poemas//Comunico o que o meu corpo rejeita:/os líquidos quentes que segrego,/os sólidos que as tripas na suportam//Às vezes também canto o poente (p.7). É este o poema de abertura deste livro demolidor. É toda uma poética que nele se encerra, com a rejeição de lirismos vários. O leitor é avisado das intenções do poeta. E o livro continua, com murros, bofetadas, pontapés: Em terra de cegos quem tem um olho é rei:/quem tem dois é frequentemente abatido (p. 31). Ainda por aí se encontram exemplares. É procurar, senhoras e senhores. É procurar.

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