(...)



A tarde começa com o sol que, finalmente, resolve aparecer. Cá fora não se ouve nada. A estas horas a urbanização é sossegada. Estou sentado no terraço e tenho os olhos postos no horizonte. Estou a um passo de fazer trinta e sete anos. Mas, num dia como o de hoje, é como se fosse fazer oitenta. Há dias assim, em que nos sentimos velhos e parecemos velhos. Principalmente quando estamos um pouco mais rabugentos do que o habitual. Na televisão só passam o horror em primetime. E pergunto-me: como é que alguém ainda pode dizer que vivemos num mundo bom?

Sem comentários: