50 livros que os meus amigos devem ler para ficarem a conhecer melhor a minha pessoa e confirmarem que me armo ao pingarelho (33)




Tenho a sorte de ter a primeira edição de O Medo (Contexto, 1987). Só que não quis ir fotografá-la. Ainda traz todas as dedicatórias, tanto as de abertura como as dos poemas. Parece que depois as retirou. Lá teria as suas razões. Lembro-me que foi companhia de um Verão. Andava com ele para todo o lado. Devia ter 15 ou 16 anos. Lembro-me que me impressionou muito a fotografia da capa. E os textos, principalmente os dos primeiros livros. Lembro-me que fiquei chocado com algumas passagens, aquelas que falavam em esperma seco nos lençóis – e coisas desse género –, nos engates de miúdos de rua. O meu primeiro livro tem como abertura uma passagem do Apocalipse segundo S. João e versos de Al Berto: «é no silêncio/que melhor ludibrio a morte». Penso que é assim; cito de memória. Al Berto é daqueles poetas que ficaram em mim. Nunca lhe li a prosa (Lunário, O Anjo Mudo…). Fiquei-me pela poesia.


Nota: texto escrito anteriormente neste blogue. Tem apenas uma pequena alteração. Um rebuçado do Dr. Bayard para quem descobrir.

1 comentário:

Inês Guerreiro disse...

Descobri Al Berto com Anjo Mudo. Livro que de quando em quando sinto necessidade de resgatar e de me fazer acompanhar, à laia de amuleto ou coisa c'o valha. recomenda-se. apesar de ter consciência de que é um amor muito próprio mas...ainda assim. passo por aqui para deixar estas breves palavras.